Em fevereiro, o mundo
elegante paranaense perdeu um dos seus personagens mais admiráveis. Eu falo de
Glorinha Vieira Peixoto, que brilhou com seu DNA mineiro, tendo na heráldica os
Vilhena de Andrade e os Vieira, sendo filha do pujante e lendário Avelino
Vieira.
Glorinha era a
própria expressão, o mais significativo modelo de quanto o patrimônio material
ligado ao refinamento podia remover montanhas. Relato como exemplo a novela
“Dancin´Days”, folhetim de Gilberto Braga, que em certo capítulo faz um
personagem anunciar: Glorinha e José Márcio estão chegando ao Rio. O Rio foi
sempre cenário do universo de Glorinha, onde chegou a ter , como
mestra de pintura, Ione Saldanha, com dedicação também ao francês.
Foi em Paris, ao ser
apresentado a Hildegard Angel, por Juarez Machado, que dimensionei melhor a
importância de Glorinha: a colunista de O Globo convidou-me para um chiquérrimo
jantar, que ela, Hildegard Angel, ofereceu no Regine´s.
No elegante party,
Glorinha foi o prato de resistência em boa parte das conversas. Onde estivesse,
Glorinha Vieira Peixoto deixava marcas de grande ser humano, realmente
inesquecível. Em seu expressar-se era contagiante, dócil, natural, comunicava
seus abundantes dotes. Mulher íntegra, sem arrogâncias, admiradora dos reais
talentos, foi grande em todo seu viver.
Seja em Curitiba,
Rio, Paris e na nossa Ibaiti, Rainha das Colinas, Norte Pioneiro do Paraná, onde o filho Marcinho é fazendeiro, o nome
Glorinha é de exaltação de generosidade e doação humana.
O meu abraço de
profundo sentimento aos filhos Cintia, Andréa, Marcinho, familiares e íntimos.
REFLEXÃO
“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei”
Romanos 13:8
“Mulher invisível, humilde, trabalhadora, é a estrutura que sustenta o Lar e o País”
Adélia Woellner, poeta e escritora, membro da Academia Paranaense de Letras